A sertaneja Dilma Dias de Oliveira, 59, mora em Bate Pé, arraial com 200 moradores perto de Vitória da Conquista (BA). Para se sustentar, Dilma depende da ajuda de parentes. Na sua casa, nem banheiro há.
Apesar disso, Dilma apareceu recentemente em uma investigação da Polícia Civil de São Paulo como diretora-executiva da Urban Institute Limited, empresa com sede na Inglaterra, e investigada por vender irregularmente terrenos que somam R$ 27,27 milhões numa área de manancial no extremo sul da Grande SP.
Dilma Dias de Oliveira aparece como diretora-executiva da Urban Institute Limited, empresa com sede na Inglaterra, e investigada pela venda dos terrenos, localizados no Residencial Paulista, condomínio na entrada de Itapecerica da Serra, às margens da rodovia Régis Bittencourt.
Segundo a Folha, Dilma afirmou em depoimento que foi levada a cartórios quando ainda estava em São Paulo para assinar documentos, sem saber para que finalidade. Segundo ela, o antigo patrão prometia que daria um terreno a ela, o que não aconteceu.
De acordo com o delegado Pedro Forli, da Delegacia do Meio Ambiente da Seccional de Taboão da Serra, Dilma foi empregada doméstica de Vasone Filho durante 15 anos. Ela deixou a cidade no ano passado.
Vasone Filho negou ter usado a sertaneja Dilma Dias de Oliveira como "laranja" em seus negócios. Segundo ele, as acusações não passam de invenções. O advogado Valdeci Codignoto, representante do Urban Institute no Brasil, afirmou que passou a cuidar das questões jurídicas da empresa inglesa depois de receber pelo correio uma procuração e que nunca viu Dilma. Assim como Vasone Filho, ele nega irregularidades na venda dos lotes. Ontem, o corretor de imóveis Renato Ribeiro Alves, 34, foi preso acusado de negociar lotes no condomínio. Ele responderá por crime ambiental.
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