sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

A PM de São Paulo e um caso de direitos humanos Por CAIXAPRETA

do blog do Luis Nassif

Prezado Nassif, é grande mas é muito sério:

VERGONHA – Caso para a Corregedoria da PM e Órgãos de Defesa dos Direitos Humanos:

A Policia Militar de São Paulo virou as costas para “carro de portador de deficiências especiais”, abalroado pela carreta!

Por volta das 14:00 hs. de hoje, em frente à subida da Pte do Morumbi, um idoso (que mancava muito ao sair do carro), chamava desesperadamente os policiais de duas patrulinhas, estacionadas no canteiro central da avenida (exatamente em frente, e a não mais de 15 metros), após conseguir bloquear a passagem de uma carreta, que tentava evadir-se.

Fez isso (como me contou depois) para que os policiais que “fazem ponto ali”, pudessem registrar os danos causados. Inclusive, ao pedir ajuda, mostrava para eles, um papel, com os símbolos dos idosos e deficientes.

Os policiais, de pé, do lado de fora das viaturas, fizeram o impossível: fingiram não entender (em uma delas havia uma policial). E, apesar de estar com o carro, na diagonal, bloqueando a fuga da carreta, um dos policiais (o mais alto), chegou a ridicularizar o idoso e fazer gestos que o deixaram constrangido e provocando risadas do motorista da carreta e seu ajudante. Enfim: recusaram-se a atendê-lo.

Diante da vigorosa e inesperada reação do idoso, frente a ignomiosa postura dos policiais, estes disfarçaram e entraram nas viaturas, quando viram que o senhor havia pego, no carro, uma máquina fotográfica. Agora, será que foram para dentro das viaturas anotar a placa do carro do deficiente para multá-lo por obstruir o caminho da carreta em fuga?

Enfim, negaram-se a verificar o estrago causado no veículo do deficiente: a carreta de cerca de 20 metros, destruiu o suporte, amassou a parte da coluna onde ele é fixado e arrancou e estraçalhou o espelho lateral do pequeno veículo, com a seqüência de batidas das partes mais salientes da carroceria da carreta.

O veículo do idoso (ele tem 64 anos) saiu da rua do Hotel / TV, posicionou-se à direita e, após dar seta para a esquerda (a pista junto à calçada estava impedida por um desses carros, com escadas presas no teto) passou com grande folga (mais de 15 metros) para a pista aonde, mais atrás, vinha lentamente a grande carreta, que seguia em direção ao Market Place. E, rapidamente (tinha um bom reflexo, apesar da idade) voltou para a pista junto à calçada.

O motorista da carreta, que, creio, não podia passar ali, àquela hora (poderia ele, estar alcoolizado?), acelerou bruscamente (seguindo em frente – sentido Market Place), e ultrapassou o carro do idoso de forma extremamente perigosa e, sem nenhum motivo, o espremeu e abalroou o pequeno veículo, espremendo-o contra a guia. E por mais de 15 metros acelerou, sem parar, apesar da facilidade que tinha para ver a destruição que estava fazendo, através do enorme espelho lateral direito, de sua carreta.

Mas o desespero do idoso era tal, que chegou a “gritar, com os policiais, chamando-lhes a atenção para que eles o socorressem. Em vão. Pegou, ele mesmo, papel e lápis, anotou a placa da carreta, e foi embora.

Como, também, entrei na Ponte, vi que ele parou em um estacionamento de calçada (acho que era uma farmácia). Parei, também, pois vi que ele estava muito nervoso.

Só ali ele foi, de fato, verificar se o restante do carro não havia sido atingido. Dispus-me a ir com ele a uma delegacia para fazer um BO, mas ele não aceitou. Disse que convalesce de um AVC e de uma crise de hipertensão, e ia para casa dobrar a dose de seu calmante e dos medicamentos para hipertensão. Estava indignado e muito agitado, e com receio de ter outro AVC. Durante todo tempo, dizia que achava que os policiais só ficam ali, a disposição da “Vênus Platinada” e do HOTEL.

Pediu que eu, quando pudesse, constatasse um fato muito estranho para ver que ele tinha suas razões: o melhor RETORNO ou entrada para a Ponte do Morumbi, para os motoristas que vem da Ponte João Dias e região, é a larga e generosa rua onde estão HOTEL e “Vênus Platinada”. Só que (um pequeno detalhe), imediatamente antes, uma enorme Placa sugere que os veículos devem seguir até a entrada da Av. Roberto Marinho (Águas Espraiadas) / Berrine, e só lá pegar, de volta, a Chufic Zaidan, para subir a Ponte. Isto obriga, diariamente a milhares de carros a andarem, pelo menos, mais de 2 kms , para não incomodar os “donos da rua”.

Como acho que por ali tem uma câmara de controle de tráfego, da CET, sugiro à Corregedoria da PM ou ao comandante do Batalhão local, darem uma olhada no comportamento dos policiais militares.

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