Operação policial prende traficantes que continuaram a vender drogas no Pavãozinho e no Cantagalo após UPP
RIO - Cerca de cem policiais civis de cinco delegacias da Zona Sul, com auxílio da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), fazem, na manhã desta quinta-feira, uma operação nos morros Pavão-Pavãozinho e Cantagalo, na Zona Sul do Rio. De acordo com as investigações, traficantes do local mudaram a estratégia e continuaram a vender drogas sem ostentar armas. Essa é a segunda operação desencadeada em uma comunidade que já foi pacificada. Em dezembro, uma operação semelhante ocorreu na Cidade de Deus .
As equipes tentam cumprir 21 mandados de prisão por associação com tráfico de drogas na comunidade. Quatro supostos traficantes foram presos nesta manhã, entre eles Fabiano Silva Pereira, o Bicudo, que seria gerente geral da venda de drogas e que ainda continuava no morro. A presidente da Associação de Direitos Humanos da comunidade, Jônya Lucia Couto, também foi detida nesta quinta. Outras oito pessoas envolvidas no comércio ilegal de drogas na favela foram presas anteriormente.
Ela é citada no inquérito que investiga o tráfico na favela. Segundo as primeiras informações da polícia, ela se dizia ligada aos direitos humanos para se aproximar dos policiais da UPP instalada no morro e passava as informações para os traficantes da favela, que depois da chegada da Unidade, foram se esconder na favela da Chatuba, no Complexo da Penha. A mulher foi à 13ª DP (Copacabana) para conversar com policiais nesta quinta-feira e, sem saber que havia mandado de prisão contra ela, foi presa.
Segundo as investigações, os gerentes do tráfico que permaneceram no morro passavam informações para os chefes que estão abrigados na Favela da Chatuba, no complexo da Penha, na Zona Norte. Ainda não há informações sobre apreensão de drogas. Moradores e veículos que entram ou saem das comunidades estão sendo revistados.
A Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) do Pavãozinho foi inaugurada em dezembro do ano passado . Por enquanto, o clima é tranquilo no local.
Para dar suporte à operação, a Polícia Civil instalou um cartório móvel onde estão sendo feitas as identificações dos presos, ao lado do espaço Criança Esperança, na Rua Alberto de Campos 12. Por volta das 13h, o secretário de Estado de Segurança, José Mariano Beltrame, vai ao local.
Nenhum comentário:
Postar um comentário