A aprovação da volta dos bingos pela Comissão de Justiça e Constituição da Câmara – por 40 x 7 – é uma demonstração do irrefreável poder de persuasão da indústria do bingo e dos caça-níqueis.
Nada foi considerado. O poder de corrupção dos bingos foi contornado pelo argumento de que “vai se legalizar o que já existe”. Legalize-se, então, a pedofilia, se esta for a lógica.
A questão da saúde pública, o enorme mal causado pela proliferação de bingos em grandes áreas urbanas, contornado pela proposta de criação de um Cadastro Nacional de pessoas viciadas – a ser criado e regulamentado pelo governo.
De nada adiantaram os alertas do deputado José Eduardo Cardozo – de que o projeto iria facilitar a lavagem de dinheiro – ou do deputado Antonio Carlos Biscaia, de que a corrupção não seria reduzida.
E não será mesmo. Na clandestinidade, o bingo conseguiu preservar sua notável influência política sobre deputados e sindicalistas (como Paulinho). Antes, com seu poder conseguiu pagar capas em revistas de circulação nacional. Conseguiu paralisar por anos investigação do Ministério Público Estadual de São Paulo.
Sugere-se que, nos comentários, sejam ressaltados os nomes dos principais deputados que apoiaram essa excrescência.
Nenhum comentário:
Postar um comentário