quarta-feira, 16 de junho de 2010
Motolâncias da capital estão ‘encostadas’
A maioria das motocicletas utilizadas para atendimento médico de emergência do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) na capital está parada por falta de profissionais capacitados para operá-las.
Das 80 motolâncias recebidas pela Prefeitura de São Paulo, somente 12 estão em funcionamento. Os veículos foram entregues pelo Ministério da Saúde entre abril e dezembro do ano passado, mas 68 estão parados em depósitos aguardando a capacitação de médicos e enfermeiros para poderem ser guiados.
A Polícia Rodoviária Federal, responsável pelo treinamento, afirma que desde o início de março aguarda a formação de novas turmas pelas prefeituras para iniciar os cursos.
Embora tenha a expectativa de colocar todas as motos nas ruas até o fim do ano, a Secretaria Municipal de Saúde diz não ter previsão de quando isso ocorrerá. Segundo nota da pasta, 24 profissionais já foram habilitados. Outros 14 inscritos aguardam “agendamento de data” para fazer o curso.
A Prefeitura não diz desde quando a relação está formada. Para começar a circular na capital, cada motocicleta precisa de dois pilotos que se revezam em escalas de trabalho. Assim, esses 14 profissionais treinados utilizariam apenas mais sete motos.
Quando entrarem em funcionamento, a previsão é que o tempo médio de atendimento de ocorrências de emergência – como acidentes de trânsito – diminua. Hoje, os socorristas levam em média 16 minutos para chegar ao local de um acidente. Segundo o Corpo de Bombeiros, o tempo médio do atendimento feito pelas motos do Resgate é cinco minutos. Três vezes menor que o de uma viatura.
Convênio
Se passar da fase das “intenções”, um convênio entre a Prefeitura e o Corpo de Bombeiros pode fazer com que as motolâncias e até as ambulâncias do Samu sejam conduzidas pelo efetivo da corporação.
Segundo o capitão Miguel Jodas, do setor de comunicação do Corpo de Bombeiros, o assunto está em fase de análise. “A intenção é de melhoria do serviço de resgate. E um dos itens que se discute muito é a agilidade no primeiro atendimento, que chamamos de tempo resposta.”
A corporação diz já ter um convênio com o Samu – há ambulâncias do serviço em 34 postos dos Bombeiros. “Além disso, estamos sempre em contato com o pessoal do 192 para não mandar duas viaturas para o mesmo endereço.”
Postado por erivaldo
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