segunda-feira, 7 de junho de 2010

Polícia Civil anuncia prisão de hacker em São Paulo

Integrantes do Deic prenderam o homem de 24 anos por extorsão.
Ele invadiu banco e ameaçou desviar US$ 2 milhões, segundo a polícia.


Do G1 SP


A Polícia Civil anunciou neste domingo (6) a prisão de um comerciante de 24 anos considerado um dos principais invasores de redes de dados do país. A prisão ocorreu na quinta na sede da empresa dele na Bela Vista, região central de São Paulo, mas só foi anunciada neste domingo para que pudesse ser apurada a participação de outras pessoas no golpe.

Integrantes da Delegacia de Repressão a Delitos Cometidos por Meios Eletrônicos do Deic (Departamento de Investigações sobre Crime Organizado) prenderam o homem por extorsão. Segundo a polícia, depois de obter informações confidencias de um banco de investimento, ele exigia US$ 500 mil para não desviar US$ 2 milhões.

A polícia monitorava o hacker desde o dia 1º de junho, quando integrantes do setor de segurança do banco revelaram a ação. Os funcionários disseram que a instituição passou a receber e-mails com senhas de diretores e extratos das movimentações de correntistas.

A proposta do preso era vender um projeto de segurança. O texto era assinado por John. Para tornar ainda mais intrigante a situação, o telefone celular fornecido para contato foi comprado utilizando informações pessoais de um dos diretores do banco.

Outro e-mail enviado por uma conta diferente,no mesmo dia prometia desviar US$ 2 milhões das contas. Para evitar, a direção deveria pagar 25% desse valor. O remetente identificou-se como Lino.

Os policiais agiram durante um encontro entre o autor do e-mail e representantes da instituição financeira. Os investigadores conheciam o comerciante devido a outras ações de invasão a redes bancárias.

Ele negou ser ou conhecer Lino. E disse que o objetivo era demonstrar a fragilidade do sistema e oferecer uma solução eficiente, mesmo que para isso tenha utilizado meios ilícitos. Segundo a polícia, ele confessou as invasões e disse ter comprado o chip utilizando números de documentos do diretor da empresa.

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