Advogado do médico disse que vai recorrer ao Supremo
DA REPORTAGEM LOCAL
O STJ (Superior Tribunal de Justiça) negou na noite de ontem o pedido para que o médico Roger Abdelmassih, 65, acusado de 56 estupros, aguarde o julgamento em liberdade.
Abdelmassih, um dos mais famosos especialistas em reprodução assistida do país, está preso desde segunda acusado de crimes sexuais contra 39 mulheres -a maioria pacientes de sua clínica em São Paulo. Ele nega as acusações.
O STJ não divulgou os argumentos do ministro Felix Fischer, relator do processo, para negar o habeas corpus.
O advogado José Luis Oliveira Lima, um dos defensores do médico, afirmou que vai tentar um novo recurso. "Agora? Agora vamos para o Supremo [Tribunal Federal]", afirmou.
Esse foi o quarto revés sofrido pelo médico nesta semana. Além da ordem judicial para sua prisão, o médico teve seu pedido de liberdade negado pelo TJ (Tribunal de Justiça) de São Paulo e, ainda, teve seu registro profissional suspenso pelo Cremesp (Conselho Regional de Medicina).
Para a Justiça, os fatos são muito graves para que ele permaneça em liberdade.
De acordo com a denúncia do Ministério Público, Abdelmassih se aproveitava de sua condição de médico para abusar de suas pacientes. Elas o acusam de tentar beijá-las ou acariciá-las quando seus maridos ou a enfermeira não estavam por perto. Em três casos há relatos de "conjunção carnal".
Além das 39 mulheres que fazem parte da denúncia entregue à Justiça, a polícia está ouvindo outras clientes que dizem também ter sido vítimas do médico e que se apresentaram após a prisão.
Para a Promotoria, de acordo com relato das clientes, Abdelmassih tinha esse comportamento desde o início da carreira, na década de 1970.
O médico, sua família e seus advogados negam todas as acusações e dizem não entender a motivação das denúncias. A defesa afirma que a denúncia é uma peça de ficção. (ROGÉRIO PAGNAN e ANDRÉ CARAMANTE
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