Investigação descobriu que houve irregularidades no primeiro e terceiro exames da Ordem daquele ano
Ordem afirma que não pretende cancelar as avaliações e espera o fim das apurações para cassar os fraudadores
MÁRCIO FALCÃO
MATHEUS LEITÃO
DE BRASÍLIA
A Polícia Federal descobriu que dois outros exames da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) de 2009 foram fraudados. Com isso, tem indícios de que todas as três edições daquele ano tiveram vazamento. Ao todo, 21 mil bacharéis em direito participaram da seleção.
Após o cruzamento de dados de documentos e computadores apreendidos na Operação Tormenta, deflagrada no ano passado, a polícia encontrou irregularidades na primeira e na terceira avaliações -nesta, a fraude ocorreu nas duas etapas.
Em 2010, quando prendeu 12 acusados de envolvimento no esquema, a PF apontou que a segunda prova teve problemas no gabarito e a Ordem chegou a cancelá-la.
Segundo a PF, as provas vazaram. A análise aponta que isso se concentrou em SP, mas também pode envolver pessoas do RJ e do DF.
A OAB não vai cancelar os exames e espera o fim das apurações para anular as carteiras que autorizam os aprovados a atuarem no mercado.
"Não compactuamos com irregularidade. Quem entra na Ordem pela porta dos fundos vai sair pela porta dos fundos", disse o presidente da OAB, Ophir Cavalcante.
"Seria impossível anular esses exames. Aqueles que a Polícia Federal identificar como aprovados por fraude terão as carteiras cassadas."
A pedido da PF, a Ordem solicitou que o organizador do exame, o Cespe, ligado à UnB, repasse todas as informações das três seleções.
A PF espera esses dados para identificar o total de beneficiados. O Cespe informou ontem que já os repassou, mas a polícia disse não ter identificado o envio.
Segundo as investigações, dois policiais rodoviários fotografaram os exames e venderam reproduções -os cadernos foram levados do Cespe para a Polícia Rodoviária Federal em São Paulo.
A PF suspeita ainda que os próprios inscritos também os revendiam. Gabaritos e respostas valiam até R$ 270 mil.
O esquema envolve um grupo especializado em fraudar concursos públicos. Provas para a Abin (Agência Brasileira de Inteligência), a própria PF e a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) também estão sob suspeição.
Quem comprou o exame será indiciado por interceptação e estelionato.
sábado, 29 de janeiro de 2011
quarta-feira, 26 de janeiro de 2011
Pós-graduação em Segurança Pública Grátis!
Você sabia que todos os anos mais de 20 universidade públicas e particulares em todo o país oferecem curso gratuito de pós-gradução em Políticas e Gestão em Segurança Pública?
Basta ter ensino superior completo e ser policial militar ou civil, bombeiro ou guarda municipal, da ativa. Quem não é nem policial, nem bombeiro, nem guarda também pode fazer (mas aí não vai ser de graça).
Tudo custeado pelo Secretaria Nacional de Segurança Pública. Entendeu? O povo, através dos seus impostos, está pagando a nossa especialização. Veja abaixo as instituições que fazem parte da RENAESP e são credenciadas para ministrar o curso:
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sexta-feira, 21 de janeiro de 2011
Abin amplia em 67% gastos sigilosos com cartões em 2010
Volume é de R$ 11,2 milhões, contra R$ 6,7 milhões em 2009; despesas de agentes são sigilosas, afirma GSI
Variação da fatura total dos cartões do governo em 2010 foi de 24%; salto foi provocado pelo Censo, justifica CGU
SILVIO NAVARRO
DE SÃO PAULO
A Abin (Agência Brasileira de Inteligência) ampliou o volume de despesas com cartões corporativos do governo no ano eleitoral de 2010, atingindo gastos de R$ 11,2 milhões -aumento de 67% em relação ao ano anterior.
Em 2009, a agência desembolsou R$ 6,7 milhões. Em 2008, foram R$ 6,5 milhões, segundo o Portal da Transparência da Controladoria-Geral da União.
Procurada pela Folha, a agência transferiu a resposta para o GSI (Gabinete de Segurança Institucional), que não quis se manifestar.
O GSI afirmou que despesas com cartões feitas por agentes são sigilosas.
O volume de R$ 11,2 milhões é o terceiro maior gasto com cartões do governo. Esse valor ainda pode subir se houve despesa não lançada da última quinzena do ano.
Só ficam acima no ranking de gastos o Fundo para Operações da Polícia Federal (R$ 13,7 milhões) e o IBGE (R$ 19,1 milhões).
As despesas da Abin também representam 65% do que foi pago pela Presidência, a quem está vinculada.
A fatura total dos cartões no último ano do governo foi de R$ 80 milhões. Em 2009, chegou a R$ 64,5 milhões -variação de 24%.
Em 2007, ano-base da crise dos cartões, o gasto foi de R$ 90 milhões (valor corrigido).
CENSO
A justificativa apresentada pela CGU para o salto em 2010 foi a realização do Censo pelo IBGE.
O instituto gastou R$ 19,1 milhões. A maioria das despesas corresponde a saques em dinheiro e pagamentos no comércio, como postos de gasolina. Em 2009, o IBGE havia gasto R$ 6,2 milhões -variação de 208%.
O restante da Esplanada dos Ministérios, com poucas oscilações, manteve a média do ano anterior.
"O aumento deve-se, em sua quase totalidade, aos gastos realizados pelo IBGE. Tais despesas foram decorrentes da realização do Censo de 2010", afirmou a CGU, por meio de nota.
"Ou seja, excluindo-se o Censo, o valor restante representa cerca de 3,99% de aumento de um ano para o outro, o que nos parece plenamente razoável, considerando a inflação no período."
MEMÓRIA
A "farra dos cartões" foi alvo de CPI no Congresso em 2008. À época, a então ministra Matilde Ribeiro (Igualdade Racial) caiu após usar o cartão no "free shop".
A CPI, cujo relator é o hoje coordenador político do governo, ministro Luiz Sérgio, terminou sem indiciamentos e sem citar o dossiê feito na Casa Civil sobre gastos da gestão FHC.
Variação da fatura total dos cartões do governo em 2010 foi de 24%; salto foi provocado pelo Censo, justifica CGU
SILVIO NAVARRO
DE SÃO PAULO
A Abin (Agência Brasileira de Inteligência) ampliou o volume de despesas com cartões corporativos do governo no ano eleitoral de 2010, atingindo gastos de R$ 11,2 milhões -aumento de 67% em relação ao ano anterior.
Em 2009, a agência desembolsou R$ 6,7 milhões. Em 2008, foram R$ 6,5 milhões, segundo o Portal da Transparência da Controladoria-Geral da União.
Procurada pela Folha, a agência transferiu a resposta para o GSI (Gabinete de Segurança Institucional), que não quis se manifestar.
O GSI afirmou que despesas com cartões feitas por agentes são sigilosas.
O volume de R$ 11,2 milhões é o terceiro maior gasto com cartões do governo. Esse valor ainda pode subir se houve despesa não lançada da última quinzena do ano.
Só ficam acima no ranking de gastos o Fundo para Operações da Polícia Federal (R$ 13,7 milhões) e o IBGE (R$ 19,1 milhões).
As despesas da Abin também representam 65% do que foi pago pela Presidência, a quem está vinculada.
A fatura total dos cartões no último ano do governo foi de R$ 80 milhões. Em 2009, chegou a R$ 64,5 milhões -variação de 24%.
Em 2007, ano-base da crise dos cartões, o gasto foi de R$ 90 milhões (valor corrigido).
CENSO
A justificativa apresentada pela CGU para o salto em 2010 foi a realização do Censo pelo IBGE.
O instituto gastou R$ 19,1 milhões. A maioria das despesas corresponde a saques em dinheiro e pagamentos no comércio, como postos de gasolina. Em 2009, o IBGE havia gasto R$ 6,2 milhões -variação de 208%.
O restante da Esplanada dos Ministérios, com poucas oscilações, manteve a média do ano anterior.
"O aumento deve-se, em sua quase totalidade, aos gastos realizados pelo IBGE. Tais despesas foram decorrentes da realização do Censo de 2010", afirmou a CGU, por meio de nota.
"Ou seja, excluindo-se o Censo, o valor restante representa cerca de 3,99% de aumento de um ano para o outro, o que nos parece plenamente razoável, considerando a inflação no período."
MEMÓRIA
A "farra dos cartões" foi alvo de CPI no Congresso em 2008. À época, a então ministra Matilde Ribeiro (Igualdade Racial) caiu após usar o cartão no "free shop".
A CPI, cujo relator é o hoje coordenador político do governo, ministro Luiz Sérgio, terminou sem indiciamentos e sem citar o dossiê feito na Casa Civil sobre gastos da gestão FHC.
SEGURANÇA
Pagamento dos salários de "bico oficial" de PMs atrasa
DE SÃO PAULO - Os PMs que atuam na Operação Delegada, o "bico de segurança oficial" da corporação, estão com seus salários atrasados.
O pagamento devia ter sido feito entre os dias 10 e 12, mas, até a noite de ontem, não estava na conta bancária dos policiais. O dinheiro sai dos cofres da Prefeitura de SP para a PM, que paga os policiais. A prefeitura informou que o pagamento foi feito ontem.
Segundo o comandante-geral da PM, coronel Álvaro Batista Camilo, o atraso acontece por "questões burocráticas".
A operação é uma parceria entre Estado e prefeitura na qual o PM, com arma e farda da corporação, é autorizado a trabalhar até nove horas diárias quando está de folga.
Segundo a PM, há cerca de 6.400 policiais no "bico oficial". O orçamento de 2011 para a parceria é de R$ 100 mi.
Caso atue 96 horas mensais (máximo permitido) na operação nas folgas, um PM pode ter um reforço de, em média, R$ 1.190 mensais no salário.
Ao menos 20 policiais ouvidos ontem pela Folha confirmaram o atraso e pediram para não serem identificados.
(ANDRÉ CARAMANTE)
DE SÃO PAULO - Os PMs que atuam na Operação Delegada, o "bico de segurança oficial" da corporação, estão com seus salários atrasados.
O pagamento devia ter sido feito entre os dias 10 e 12, mas, até a noite de ontem, não estava na conta bancária dos policiais. O dinheiro sai dos cofres da Prefeitura de SP para a PM, que paga os policiais. A prefeitura informou que o pagamento foi feito ontem.
Segundo o comandante-geral da PM, coronel Álvaro Batista Camilo, o atraso acontece por "questões burocráticas".
A operação é uma parceria entre Estado e prefeitura na qual o PM, com arma e farda da corporação, é autorizado a trabalhar até nove horas diárias quando está de folga.
Segundo a PM, há cerca de 6.400 policiais no "bico oficial". O orçamento de 2011 para a parceria é de R$ 100 mi.
Caso atue 96 horas mensais (máximo permitido) na operação nas folgas, um PM pode ter um reforço de, em média, R$ 1.190 mensais no salário.
Ao menos 20 policiais ouvidos ontem pela Folha confirmaram o atraso e pediram para não serem identificados.
(ANDRÉ CARAMANTE)
terça-feira, 11 de janeiro de 2011
Sobre a história da Abin
A ABIN sempre esteve vinculada à Presidencia, subordinada ao Gabinete de Segurança Institucional, horrendo nome sem nexo, sem sentido, ahistorico e confuso, o Brasil tem um pessimo habito de não respeitar a historia e tradição que fazem parte da imagem das instituições. O nome anterior CASA MILITAR era historico, claro. inconfundivel. O nome anterior da Abin tambem deveria ter sido mantido SERVIÇO NACIONAL DE INFORMAÇÕES um orgão do Estado, herdeiro de um outro que ja existia desde os anos 50 (conhecido informalmente como Casa da Borracha nos EUA é a CIA, na França a SDECE, na Inglaterra o MI5 e 6, na Alemanha o BND, não ha pais importante sem essa estrutura.
Hoje ignora-se qual a função da Abin, tem um vasto orçamento, centenas de servidores e quaal o produto entregue? O sistema do SNI funcionava como uma rede, em cada Ministerio havia uma Divisão de Segurança e Informação, em cada estatal ou autarquia uma Assessoria de Segurança e Informação, todos abasteciam a Agencia Central do serviço, que tambem tinha agencias em cada Estado. Essa teia é que constituia o sistema nacional de informações. O desenho da Abin manteve a cupula mas não me consta que manteve a rede., os governos que sucederam ao Regime Militar identificaram o SNI com o Estado autoritario, o que é um erro crasso. As maiores democracias do mundo tem poderosos serviços de inteligencia, os do EUA, da França, do Reino Unido e da Russia mantem de forma continuada fortes organismos de inteligencia.
A Presidente Dilma pode necessitar crucialmente de um serviço de inteligencia de primeira classe, para se proteger, para controlar a comilança, estamos entrando em mares perigosos aonde ela
parece querer limites a pilhagem do Estado, para isso os serviços de inteligencia são aliados naturais, alem obviamente das Forças Armadas. Lembremos que Putin estacou a roubalheira na Russia usando a KGB contra os oligarcas, alguns grandes foram presos ou estão com ordem de prisã, empresas foram retomadas, lá a coisa foi feia.
O Regime Militar usou o SNi para cercar de certo modo a escalada de corrupção que começou a partir da fase final do regime.
Por outro lado a maior expressão internacional do Brasil exige um serviço de inteligencia com ampla atuação internacional, com agentes do outro lado das fronteiras, o Brasil tem muitos interesses no exterior que necessitam proteção, é assim que agem as potencias em todos os tempos.
Um Governo digno desse nome não pode ser surpreendido por escandalos, por situações como a do Banco Panamericano, por bandalheiras em licitações, por invasão de refinarias da Petrobras, como ocorreu na Bolivia ou então não tenha a despesa inutil de ter uma cara burocracia para nada.
Hoje ignora-se qual a função da Abin, tem um vasto orçamento, centenas de servidores e quaal o produto entregue? O sistema do SNI funcionava como uma rede, em cada Ministerio havia uma Divisão de Segurança e Informação, em cada estatal ou autarquia uma Assessoria de Segurança e Informação, todos abasteciam a Agencia Central do serviço, que tambem tinha agencias em cada Estado. Essa teia é que constituia o sistema nacional de informações. O desenho da Abin manteve a cupula mas não me consta que manteve a rede., os governos que sucederam ao Regime Militar identificaram o SNI com o Estado autoritario, o que é um erro crasso. As maiores democracias do mundo tem poderosos serviços de inteligencia, os do EUA, da França, do Reino Unido e da Russia mantem de forma continuada fortes organismos de inteligencia.
A Presidente Dilma pode necessitar crucialmente de um serviço de inteligencia de primeira classe, para se proteger, para controlar a comilança, estamos entrando em mares perigosos aonde ela
parece querer limites a pilhagem do Estado, para isso os serviços de inteligencia são aliados naturais, alem obviamente das Forças Armadas. Lembremos que Putin estacou a roubalheira na Russia usando a KGB contra os oligarcas, alguns grandes foram presos ou estão com ordem de prisã, empresas foram retomadas, lá a coisa foi feia.
O Regime Militar usou o SNi para cercar de certo modo a escalada de corrupção que começou a partir da fase final do regime.
Por outro lado a maior expressão internacional do Brasil exige um serviço de inteligencia com ampla atuação internacional, com agentes do outro lado das fronteiras, o Brasil tem muitos interesses no exterior que necessitam proteção, é assim que agem as potencias em todos os tempos.
Um Governo digno desse nome não pode ser surpreendido por escandalos, por situações como a do Banco Panamericano, por bandalheiras em licitações, por invasão de refinarias da Petrobras, como ocorreu na Bolivia ou então não tenha a despesa inutil de ter uma cara burocracia para nada.
Dilma nomeia Regina Miki secretária Nacional de Segurança Pública
Advogada comandou a Defesa Social da Prefeitura de Diadema
A advogada Regina Miki para o comando da Senasp (Secretaria Nacional de Segurança Pública) do Ministério da Justiça. A nomeação foi publicada no Diário Oficial da União nesta segunda-feira (10/01). Regina Miki foi secretária de Defesa Social em Diadema, até o ano passado, quando se transferiu para |Brasília, para assumir funções no governo federal. Regina é a primeira mulher a chefiar a Senasp, que coordena entre outras atividades, a Força Nacional de Segurança Pública.
A nova secretária coordenou, na ocasião a 1ª Conferência Nacional de Segurança Pública e atuou como assessora do então ministro da Justiça, Tarso Genro. Entre os desafios de Regina, que substitui Ricardo Balestreri no cargo, estão o desenvolvimento das ações nacionais de segurança pública e combate ao crime organizado. As metas foram traçadas pelo ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo.
Advogada e especialista em políticas de segurança pública, Regina terá como missão ajudar o Ministério da Justiça na articulação com estados e municípios para o desenvolvimento de políticas de prevenção e repressão na área. Além disso, a nova secretária também será responsável pelo Pronasci (Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania), que passa a integrar a Senasp a partir deste ano.
Redução de homicídios – Quando comandou a Defesa Social de Diadema, entre 2001 e 2008, Regina colaborou para a redução da taxa de homicídios da cidade em 78,61%. No Ministério da Justiça, a nova secretária participou da reestruturação e reativação do Conasp (Conselho Nacional de Segurança Pública), da qual é presidente. Composto por 30 instituições, o conselho tem a função de atuar como órgão normativo na formulação de estratégias e no controle e na execução da política nacional de segurança pública.
Com informações da Agência Brasil
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