sábado, 31 de outubro de 2009

PM de Guarulhos já usa pistolas elétricas em operações especiais



Com uma tonalidade chamativa e design futurista, a princípio, parece inofensiva. O peso leve e o tamanho padrão de outras armas chega lembrar uma pistola de brinquedo, muita usada por crianças e facilmente adquirida em lojas de bugigangas.
Pois foi com este modelo de arma que um policial militar conseguiu, com êxito, imobilizar e deter um homem que mantinha o filho de apenas seis meses refém por quase três horas na Cidade Seródio, no último domingo, 25. O militar utilizou uma pistola elétrica Taser, considerada não letal que imobiliza o suspeito por meio de choques elétricos.
Essa foi a primeira vez que a PM de Guarulhos utilizou este tipo de arma. De acordo com o CPA-M7 (Comando de Policiamento de Área Metropolitano-7), nos três batalhões da corporação (15°, 31° e 44°) há um total de nove pistolas. Em todo o Estado de São Paulo, a polícia possui 350 unidades.
Porém, para o manuseio, os policiais precisam passar por um treinamento de 10 horas, com aulas práticas e teóricas. Segundo o tenente Davi Tenório, do 44° Batalhão da PM e que utilizou a arma na ação no Seródio, o uso da arma só é feito após a utilização de técnicas não letais. "Em determinadas situações, utilizamos o emprego de bastão, cassetete, spray de pimenta, técnicas de defesa pessoal. Em outras, optamos pela pistola elétrica. E em último caso, a arma de fogo", disse. Tenório afirmou que no batalhão há 20 policiais treinados para o porte da arma.
A arma tem um alcance que varia entre cinco e 15 metros, a depender do cartucho utilizado, sendo capaz de imobilizar uma pessoa na hora. A velocidade do disparo é rápida. Da arma saem dois fios com ganchos, similares a arpões, que penetram no corpo do suspeito e descarregam uma energia de 50 mil volts. O choque afeta o sistema nervoso central da pessoa, imobilizando-a por cinco segundos fazendo com que ela caia no chão. Caso o operador [policial] permaneça com o gatilho acionado, uma descarga é liberada a cada 1,5 segundo.

Episodio Uniban


O Blog APGSP abre espaço aqui para um episodio que ocorreu ma UNIBAN
DO BLOG DO LUIZ NASSIF
O aluno da Uniban
Por Ricardo

Sou aluno da Uniban de São Bernardo, e assim como muitos outros colegas, estamos muito chateados com os fatos ocorridos.

Eu particularmente fiquei horrorizado com a atitude “destes estudantes”, diga-se de passagem. Foi tanto tumulto por nada, e tantas outras assuntos relacionados a faculdade precisando de mais atenção.

Fico chateado pois a imagem de quem estuda na universidade pode ser denegrida, mesmo que por pouco tempo, não sei, porém sei que trabalho quase dia todo e sempre me esforço para chegar no horário, assim como alguns colegas, e infelizmente alguns “filhinhos de papai” que não irão precisar brigar por uma vaga no mercado de trabalho, fazem o que querem na universidade.

Esse é meu desabafo, e pediria que fosse mencionado de alguma forma que ainda existem pessoas neste universidade interessadas em fazer sim a diferença no presente e também no futuro.

COMENTARIO DO APGSP

Sim, eu definitivamente estou interessado em fazer a diferença. Sou aluno da Uniban campus Marte, e concordo com o Ricardo em tudo que disse. Há pessoas que não levam a faculdade a sério, que na maioria das vezes vão apenas pra ficar em barzinhos com amigos. São realidades distintas, ou seja, impossível ficar comparando, cada pessoa tem seu interesse pessoal. Além disso, há o aluno que realmente estão interessados no ensino Ou seja, Matam um Leão por dia para freqüentarem a universidade a noite.

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Caso AfroReggae expõe "gangrena" em PM do Rio, diz "Le Monde"

da BBC Brasil

Um artigo publicado na edição que circula nesta terça-feira do jornal francês "Le Monde" afirma que a morte do coordenador do AfroReggae, Evandro João da Silva, expõe uma "gangrena" na Polícia Militar do Rio. A reportagem, intitulada "No Rio de Janeiro, uma polícia com comportamento criminoso", afirma que a corporação é "frequentemente corrompida e brutal" e "goza de má reputação".

O texto relembra o assassinato de Evandro e a atuação dos policiais enquanto o coordenador da ONG ainda agonizava após ser atingido por um assaltante.

O caso provocou indignação depois que câmeras de circuito interno mostraram um cabo e um capitão da PM do Rio liberando os agressores, sem prestar socorro à vítima. Ambos negam omissão de socorro e alegam que não perceberam Evandro sangrando no chão da agência bancária onde o crime ocorreu.

"O caso é ainda mais comovente porque a vítima, nascida em um favela do norte do Rio e respeitada por sua coragem e obstinação, havia se tornado um 'mediador de conflitos', principalmente entre as gangues de narcotraficantes", escreve o "Le Monde".

O jornal lembra que o trabalho de Evandro consistia em "tentar converter os mais jovens a uma cultura de paz".

"O caso chama atenção pela gangrena que ronda a instituição (da PM): nos últimos dois anos, mais de 1,7 mil policiais foram excluídos da corporação", diz o texto, lembrando que os dois envolvidos no episódio "continuam livres".

Primeiro mundo "versus" terceiro

A atuação da polícia na morte do coordenador do AfroReggae também foi destaque no jornal britânico "The Guardian". Um artigo assinado pelo comentarista Conor Foley sustenta que "a sede dos Jogos Olímpicos de 2016 precisa enfrentar uma política de justiça criminal que fracassou em conter as execuções sumárias e a corrupção policial".

Foley afirma que "a banalidade cotidiana do incidente relembrou como a polícia da cidade se tornou fora de controle".

O caso ocorre no momento em que o Brasil se vangloria de ter contornado a crise econômica mundial de maior proporção, e no momento em que a eleição como sede olímpica de 2016 fazia com que os brasileiros "se permitissem uma onda de otimismo".

"Após anos de negligência e violência urbana, parecia que o Rio estava novamente em alta", escreve o comentarista.

Para Conor, o caso envolvendo a polícia do Rio lembra como não apenas as forças de segurança, mas todo o sistema judicial precisam de "uma reforma completa".

O autor do artigo lembra o comentário do presidente Luiz Inácio Lula da Silva após a escolha do Rio como sede olímpica. "Deixamos de ser um país de segunda classe para se tornar um de primeira classe", disse Lula. "Respeito é bom e a gente gosta", relembrou.

"Mas respeito tem de ser conquistado também"; diz Conor, "e não tem sentido ter uma sociedade e uma economia de primeiro mundo enquanto o resto do Estado brasileiro permanece profundamente enraizado no terceiro".

domingo, 25 de outubro de 2009

Para PF, em SP, monopólio das drogas é do PCC

ANDRÉ CARAMANTE
DA REPORTAGEM LOCAL

As análises do setor de inteligência do CGPRE (Coordenação Geral de Polícia de Repressão a Entorpecentes), da Polícia Federal, apontam que a principal diferença no tráfico de drogas entre o Rio de Janeiro e São Paulo está no número de facções criminosas que atuam em cada Estado.
Enquanto o Rio convive há anos com as disputas entre CV (Comando Vermelho), ADA (Amigos dos Amigos) e TC (Terceiro Comando), em São Paulo existe o domínio dos traficantes do PCC (Primeiro Comando da Capital).
Além disso, poucas regiões de São Paulo, como Santos, no litoral, têm os morros que caracterizam o Rio.
A PF sabe que, em comum, Rio e São Paulo têm apenas a origem da droga vendida em seus territórios. A maconha vem do Paraguai e 90% da cocaína tem origem na Bolívia.
Hoje, mesmo os poucos traficantes varejistas que não são "batizados" (ligados diretamente) no PCC têm de pagar uma espécie de imposto para ter autorização dessa facção para traficar em São Paulo. Caso o "bicho papão" não seja pago, o PCC toma com violência o ponto de tráfico -ao contrário do que ocorre no Rio, essa invasão não possibilita resistência.
"O aumento do número de facções criminosas já representa o aumento de violência e, considerando que essas facções são rivais e disputam o mesmo mercado, a conclusão é que a onda de violência crescente no Rio decorre, muitas vezes, de uma busca por mercado. São várias facções disputando o poder e espaço no tráfico de drogas", diz o delegado Umberto Ramos Rodrigues, do CGPRE.
Outra diferença entre o tráfico no Rio e em São Paulo, ainda segundo a PF, está na quantidade de crack comercializada. Em São Paulo, o PCC oferta ao mercado muito mais essa droga do que as facções cariocas.
No Rio, apesar da chegada do crack às bocas de fumo nos últimos três anos, as facções criminosas CV, ADA e TC ainda têm preocupação com o tempo em que terão o viciado como cliente -essa droga é muito mais devastadora do que a versão menos suja da cocaína.
De abril deste ano, quando o delegado Eduardo Hallage foi nomeado pela gestão de José Serra (PSDB) para chefiar o Denarc (departamento de narcóticos) com a missão principal de acabar com a corrupção nesse setor da polícia paulista, até setembro, foram apreendidos 434 quilos de cocaína, 1.263 quilos de maconha e 36.634 quilos de crack no Estado.

Aluguel de armas

No ano passado, a Polícia Civil de SP fez operações em Sorocaba (100 km de SP) e cidades vizinhas para combater uma disputa -na qual houve assassinatos- por pontos de venda de droga entre o PCC e o CRBC (Comando Revolucionário Brasileiro da Criminalidade), quadrilha que tenta fazer frente ao domínio dos rivais.
Ao longo de 2008, segundo policiais de Sorocaba, ao menos 20 pessoas foram mortas, todas elas em ações distintas e nunca em confrontos como os ocorridos semana passada no Rio.
Enquanto as três principais facções criminosas do Rio também disputam poderio bélico, em São Paulo a hegemonia do PCC dispensa o emprego bélico e abre espaço para que os membros da facção direcionem suas armas a outros crimes.
Muitas vezes, para não ficarem paradas, as armas do PCC são alugadas para ladrões de banco e de carga. Podem render até 15% do roubo aos donos das armas. Ainda, em São Paulo não se veem traficantes ostentando armas de alto poder destrutivo, como fuzis e granadas.

comentario do BLOG APGSP

Muito me espanta é o fato de a Folha de S. Paulo (veja reportagem acima),publicar uma coisa como esta, visto que é obvio que há diferença no tráfico de drogas entre o Rio de Janeiro e São Paulo. Não é segredo pra ninguém que o PCC detém e controla grande parte do monopólio dos pontos de droga em SP. A socióloga, doutoranda pela USP Camila Nunes Dias já havia constatado que o ‘Partido’ se encontra hoje estruturado de maneira empresarial e com domínio completo sobre os presídios paulistas. Cada um deles é gerenciado pelo ‘piloto’, que se reporta à cúpula de 18 líderes. Fora das prisões, seus representantes são os ‘torres’, com jurisdição sobre cada área de código DDD do Estado de São Paulo.
Não foi só o número de homicídios que recuou, mas também o de rebeliões e assassinatos dentro das penitenciárias.

DEMOCRATIZAÇÃO DO DIREITO

Canal do STF no YouTube vira material de apoio
Por Gláucia Milício

Quer saber a diferença entre deportação, extradição e expulsão em menos de seis minutos? Basta recorrer ao Youtube e assistir à aula do advogado Pierpaolo Bottini, que explica a diferença entre os três institutos de maneira prática e didática. O vídeo, com mais de 300 exibições, é apenas um dos 400 vídeos disponibilizados pelo canal do Supremo Tribunal Federal na comunidade de vídeos mais popular da internet.

O canal estreou no dia 1º de outubro já com 4 mil acessos e tem mantido medida de 2 mil acessos por dia durante a semana. No dia 22 de outubro, já somava total de 31,7 mil acessos. O vídeo campeão, com 55 mil visitas, foi disponibilizado, ainda como teste, no ano passado. Nele, o criminalista Alberto Zacharias Toron ensina em minutos o que é necessário para entrar com pedido de Habeas Corpus. A aula faz parte do programa Saber Direito, da TV Justiça, que já provou que seu papel é aproximar a Justiça do cidadão comum.

Desde que o canal entrou no ar, as duas aulas mais acessadas foram a de Direito Tributário da professora Patrícia Canhadas, com 15 mil acessos, e a de Dano Moral no Trabalho do juiz Luís Carlos Moro, com 10 mil.

Marco Antônio Araujo Júnior, diretor pedagógico de cursos da rede LFG, explica que a TV Justiça tem uma programação voltada para a área educacional, mas não afasta o cidadão comum, que também é um dos focos do programa. O programa Prova Final tem parceria com a rede e é voltado 100% para o Exame de Ordem, conta. As aulas ministradas no cursinho em São Paulo são disponibilizadas no canal da TV Justiça e depois publicadas no Youtube. O material é utilizado como apoio aos bacharéis que almejam tirar a carteira da Ordem.

Araújo Júnior destaca que o programa Saber Direito é extremante educativo e útil para atualizar quem já está no mundo jurídico. Ele conta que um dos programas, com o tema Empregada doméstica direitos e deveres, foi um sucesso. Bateu recorde de audiência de e-mails já recebidos na TV Justiça.

A programação da TV Justiça inclui ainda o Caderno D, focado em congressos e voltado para o mundo acadêmico. Ainda na faixa educacional da TV, está previsto o lançamento do programa Apostila, que terá como uma das parceiras a rede LFG. “A intenção e a aproximação da TV Justiça com o cidadão é fantástica. É muito comum encontrar um motorista de táxi dizendo que assistiu a sua aula na TV”, disse Marco Antônio.

Também são exibidos os programas Carreiras Jurídicas, com entrevistas, o Fórum, com entrevistas e debates, e Academia, com apresentação de teses e monografias. Além da TV Justiça, o canal do STF no Youtube também disponibiliza vídeos de julgamentos que acontecem no Plenário da corte. Outro destaque é a postagem exclusiva de vídeos em que o presidente do corte, ministro Gilmar Mendes, responde, uma vez por mês, a perguntas enviadas por diferentes segmentos da sociedade.

O lançamento da página oficial do Supremo no YouTube foi possível por meio de um acordo de cooperação entre a corte e a Google Inc.. A iniciativa foi classificada como “arrojada” pelo diretor-geral da Google no Brasil, Alexandre Hohagen. Ele disse ter orgulho de contribuir com o Supremo e afirmou que o novo site “mostra a transparência e a modernidade do STF”.

Perfil do público
O canal do Supremo no YouTube é acessado, em sua maioria, por homens. Do total de internautas, 74% são do sexo masculino. A idade média das pessoas que navegam no canal oficial do STF no YouTube até o momento está entre 35 e 44 anos.

Como era de se esperar, o grosso dos acessos é de usuários no Brasil, mas a página já conta com internautas de todos os continentes e de países diversos como México, Estados Unidos, Alemanha, Malásia, Iraque, Egito e Holanda. Os dados são do YouTube Insight, ferramenta que fornece estatísticas detalhadas dos vídeos postados no YouTube. Com informações da Assessoria de Imprensa do Supremo Tribunal Federal.

Clique aqui para acessar a página do STF no YouTube.

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Lula convoca reunião para definir enquadramento da Abin



Lula convoca reunião para definir enquadramento da Abin

SÃO PAULO - Para sacramentar de vez o enquadramento da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva convocou para amanhã encontro do Conselho Nacional de Defesa para discutir a nova Política Nacional de Inteligência, que será encaminhada ao Congresso. A nova política de inteligência lista as ameaças que a área de informações do Estado deve combater. O rol inclui terrorismo, narcotráfico, crime organizado, corrupção e sabotagem, entre outras.
Na reunião realizada no início de setembro, Lula aprovou a política mas pediu que algumas modificações fossem feitas. Ficou definido que todo o sistema de inteligência do governo ficará subordinado ao Gabinete de Segurança Institucional (GSI), e não à Abin. Ao listar as ameaças ao Estado, foram lembradas, por exemplo, a guerra cibernética e a espionagem, que ocorrem especificamente na área de tecnologia, no agronegócio e nas indústrias aeronáutica e aeroespacial. O governo quer ainda reforçar as áreas de contrainteligência e os trabalhos voltados para o campo externo. Na reunião ainda deverão ser definidos os limites de cada setor de inteligência, que atualmente é dividido em quatro grupos - de Estado, militar, econômico-financeiro e de segurança pública. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

sábado, 17 de outubro de 2009

Confrontos deixam 12 mortos no Rio; criminosos derrubam helicóptero da PM




da Folha Online

Os confrontos entre grupos de traficantes e policiais militares deixaram ao menos 12 mortos neste sábado na zona norte do Rio, segundo informações da Polícia Militar. Pela manhã, um helicóptero da PM foi derrubado pelos criminosos. Além dos mortos confirmados, a PM também aponta oito pessoas feridas e três suspeitos presos.

Segundo informações da PM, entre os mortos estão dois policiais militares que ocupavam o helicóptero abatido, além de suspeitos. Já entre os feridos estão três PMs, sendo que um permanece em estado grave e outros dois foram atingidos por tiros na perna e no pé, e passam bem.

Os confrontos tiveram início ainda na madrugada, quando criminosos do morro São João tentaram invadir o morro dos Macacos, em Vila Isabel, em disputa pelos pontos de venda de drogas, de acordo com a PM. O morro São João é controlado pela facção criminosa Comando Vermelho, enquanto o morro dos Macacos, pela ADA (Amigos dos Amigos).

Na tarde de hoje, a PM realiza uma operação para derrubar barricadas no morro São João, na zona norte do Rio, feitas por traficantes para dificultar o acesso de policiais. Segundo informações da PM, uma retroescavadeira é utilizada para derrubar as barricadas e liberar o acesso ao local.

Confrontos


O helicóptero da PM foi atacado por volta das 10h10, enquanto sobrevoava a região do morro São João. O piloto conseguiu fazer um pouso forçado em um campo de futebol na Vila Olímpica, em Sampaio, mas a aeronave explodiu em seguida. Dois policiais morreram na hora e quatro ficaram feridos, entre eles um atirador de elite que ficou conhecido no mês passado, quando uma comerciante foi mantida refém por um assaltante armado com granada.

Inicialmente, a polícia havia informado que quatro policiais estavam na aeronave, mas, depois, confirmou que eram seis ocupantes. Os dois PMs mortos pertenciam ao Grupamento Aéreo Marítimo, mas os nomes não foram informados. Além dos PMs que estavam no helicóptero, outros dois policiais do Batalhão da Tijuca, baleados no morro dos Macacos.

Até as 17h, também havia registro de 12 veículos queimados por criminosos envolvidos nos confrontos. Desses, dez foram ônibus, um carro e um caminhão da Comlurb (Companhia Municipal de Limpeza Urbana do Rio). Ao menos três pessoas foram presas.

Cerco


A Polícia Militar montou um gabinete de crise no Batalhão da Tijuca e montou um cerco nos morros dos Macacos e de São João. Integram o grupo o coronel Mário Sergio Duarte, coronel Marcos Jardim do 1º Comando de Policiamento de Área da Capital, coronel Robson Rodrigues do Batalhão de Choque, o coronel do Bope (Batalhão de Operações Especiais) Luiz Henrique, além dos chefes do Estado Maior, coronel Álvaro Garcia e coronel Carlos Eduardo Milagres.

Em nota divulgada na tarde deste sábado, a polícia confirmou que os "ônibus incendiados foram ações orquestradas para facilitar a fuga dos criminosos" da favela.

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Aprovado projeto que criminaliza formação de milícia privada

Lei abrange oferta ilegal de serviço de segurança pública; Comissão da Câmara rejeitou emendas do Senado

SÃO PAULO - A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) aprovou nesta quarta-feira, 14, a manutenção dos dispositivos do Projeto de Lei 370/07, do deputado Luiz Couto (PT-PB), que caracterizam como crimes a constituição de milícia privada e a oferta ilegal de serviço de segurança pública. A CCJ também manteve a caracterização desses crimes como de interesse da União, enquadrados portanto na esfera de competência dos juízes federais.

Por recomendação do relator Antonio Carlos Biscaia (PT-RJ), a CCJ rejeitou duas emendas do Senado que alteravam o projeto anteriormente aprovado pela Câmara em 2008. O Senado havia substituído, na redação da Câmara, os termos "milícia particular, grupo ou esquadrão" por "organização paramilitar de qualquer espécie, independentemente da finalidade". De acordo com Biscaia, a expressão "organização paramilitar" é de difícil definição e não engloba as demais: milícia particular, grupo ou esquadrão. Se fosse mantida a emenda do Senado, "as condutas praticadas pelas chamadas milícias particulares e grupos de extermínio ficariam impunes", explicou Biscaia. Os integrantes, segundo ele, apenas poderiam ser responsabilizados pelos crimes eventualmente praticados e não pela formação do grupo, milícia ou esquadrão. A outra emenda rejeitada suprimia a federalização do crime de constituição de milícias ou grupo de extermínio, sob o argumento de que ela violaria dispositivos constitucionais referentes à competência de órgãos do Poder Judiciário.

Biscaia considerou, porém, que o interesse da União de reprimir os crimes de extermínio ou qualquer outro que viole os direitos humanos decorre dos acordos internacionais ratificados pelo Brasil. É a União que, na qualidade de pessoa jurídica de direito público externo, representa juridicamente o Estado brasileiro perante outras nações. Segundo lembra o deputado, a própria Constituição, em seu artigo 109, prevê a competência da Justiça federal de primeiro grau para julgar os crimes previstos em tratado ou convenção internacional, dentre os quais está o de violação aos direitos humanos - que engloba o extermínio de pessoas. O projeto ainda será analisado pela Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado, antes de ser submetido ao Plenário.

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Pai de Eloá continua foragido e deve ir a júri à revelia até o fim do ano



Um ano após a Polícia Civil de Alagoas descobrir que o pai da jovem Eloá Pimentel, morta pelo ex-namorado no mais longo caso de cárcere privado do país, se tratava de um foragido da Justiça, o ex-cabo Everaldo Pereira dos Santos segue em destino ignorado, à espera de julgamentos por assassinatos em Alagoas, e passou a colecionar novas acusações de crimes.Segundo a Polícia Civil de Alagoas, Everaldo seria integrante da "gangue fardada" e teria participado de dezenas de crimes no Estado e também em Pernambuco. Na Justiça, ele responde a três homicídios em Alagoas, de onde fugiu há 15 anos após ser expulso da Polícia Militar por deserção. A expectativa é que os julgamentos aconteçam à revelia ainda este ano. Outras denúncias ainda são investigadas.

Desde o dia em que passou mal durante o sequestro da filha, vários novos crimes foram imputados ao ex-cabo da Polícia Militar, entre eles o da ex-esposa, Marta Lúcia Pereira, a quem teria matado e esquartejado em 1993.

Segundo o diretor-geral adjunto da Polícia Civil, José Edson, nesses 12 meses de "redescoberto", várias pessoas procuraram a polícia e denunciaram Everaldo por assassinatos ocorridos entre as décadas de 80 e início da de 90. "Ele era um criminoso e as pessoas tinham medo dele. Hoje, ele é acusado de diversos crimes, como assassinatos, ocultação de cadáver e formação de quadrilha. Alguns estão ainda em investigação. Outros já tiveram os inquéritos concluídos", informou o delegado, sem saber enumerar a quantidade de inquéritos abertos contra o foragido.
Buscas sem sucesso
Logo que o ex-cabo foi reconhecido, Edson foi até Santo André para manter contato com a polícia paulista e tentar prender o foragido. Na ocasião, o delegado chegou a afirmar que acreditava que a prisão do ex-cabo era "questão de tempo". Mas, um ano após a visita ao ABC Paulista, as buscas pouco avançaram."Não temos novidades sobre o seu paradeiro. Tanto nós como a polícia de São Paulo continuamos a busca. Somente quando ele for capturado é que vamos saber qual o motivo de tanta dificuldade em prendê-lo. Só ele pode responder", afirmou o delegado ao UOL Notícias nesta terça-feira (13).

Para Edson, a divulgação pela imprensa nacional de que Everaldo era foragido da Justiça também contribuiu para o insucesso da operação - que pretendia prendê-lo ainda no velório de Eloá. "Foi divulgada uma foto dele em cima de uma maca com uma legenda: 'pai de Eloá é foragido da Justiça'. Isso complicou muito", avaliou.

No início do ano, testemunhas afirmaram ter visto o pai de Eloá em uma fazenda pertencente ao deputado estadual Gilvan Barros, no interior de Tocantins. Entretanto, policiais daquele Estado realizaram uma operação na região, mas não encontraram o ex-cabo. O deputado negou qualquer ligação com Everaldo.

Segundo as investigações da Polícia Civil de Alagoas, o ex-cabo também esteve em Alagoas dois meses antes da morte da filha e pode estar envolvido em crimes recentes no Estado. Na última passagem por Alagoas, ele teria permanecido 20 dias. "Já temos certeza absoluta de que ele esteve aqui. Sabemos até onde ele ficou", garantiu o diretor-geral da Polícia Civil de Alagoas, Marcílio Barenco.

Julgamento este ano
Responsável pelo julgamento dos dois casos envolvendo o ex-cabo em Maceió, o juiz da 9ª Vara Criminal da Capital, Geraldo Amorim, afirmou ao UOL Notícias que Everaldo será julgado à revelia ainda este ano. "O caso entrará no mutirão que vamos fazer referente à Meta 2 [prazo até o fim do ano, dado pelo Conselho Nacional de Justiça, para o julgamento dos processos em que houve oferecimento de denúncia ou queixa até 2005]. Não sei se na primeira leva esses processos serão analisados. Mas já está tudo pronto, e a pauta será marcada pelo TJ [Tribunal de Justiça]".

Por não ter advogado constituído, o pai de Eloá será defendido pela Defensoria Pública do Estado. Além desses dois casos, Everaldo também deve ser julgado por um assassinato, ocorrido em Novo Lino, na divisa com Pernambuco, em 1990.

Entre os crimes de que Everaldo é réu está o assassinato do então delegado Ricardo Lessa (de quem tinha sido segurança) e de seu motorista, Antenor Carlota, ambos ocorridos em outubro de 1991. O delegado era irmão do ex-governador Ronaldo Lessa. O crime é um dos mais marcantes da história de mortes violentas de Alagoas.

Falsidade ideológica
Além dos crimes no Nordeste, Everaldo também responde por falsidade ideológica em São Paulo. Em Santo André, o pai de Eloá era conhecido como Aldo José da Silva. Além do nome dele, ele também falsificou o nome da filha. Segundo a certidão de nascimento da jovem, encontrada no cartório de Registro Civil de Maceió, o nome verdadeiro dela é Eloá Pereira Pimentel, e não Eloá Cristina Pimentel, como fora divulgado à época.

Kennedy Alencar entrevista Luiz Fernando Corrêa


Luiz Fernando Corrêa é diretor-geral do Departamento de Polícia Federal. Gaúcho, ele tem 51 anos e assumiu o cargo em setembro de 2007 com a missão de dar um perfil mais discreto às operações do primeiro mandato de Lula vistas como espetaculares. A Operação Satiagraha, em julho de 2008, foi marcada por polêmicas e gerou crise no comando da PF. Bacharel em Direito e formado pela Academia Nacional de Polícia, atuou como agente de repressão a entorpecentes no âmbito da Polícia Federal durante 14 anos. Tornou-se delegado federal em 1995. Luiz Fernando também liderou a equipe de federais que desenvolveu o sistema de gerenciamento de monitoramento policial, denominado "Guardião". No comando da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp) entre novembro de 2003 e agosto de 2007, foi responsável pela execução do Plano Nacional de Segurança Pública do governo federal. Idealizou o Programa da Força Nacional de Segurança Pública, tropa criada em agosto de 2004 para ajudar os Estados no combate à violência, e também coordenou as ações de segurança dos Jogos Pan-americanos no Rio, em 2007.

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Mapa das drogas em São Paulo


Veja os totais apreendidos bairro a bairro, entre 2007 e o primeiro semestre de 2009
Clique no link abaixo e veja o mapa elaborado pelo jornal Estado de São Paulo do perfil da dogra em SP.
Mapa das drogas em São Paulo

sábado, 3 de outubro de 2009

Polícia liberta refém depois de seis horas de negociação em SP

Vítima era comerciante, rendido por um homem na Zona Sul.
Crime ocorreu por volta de 22h e terminou às 4h deste sábado.



Na madrugada deste sábado (3), o Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate), tropa de elite da Polícia Militar, libertou um homem que havia sido mantido refém por seis horas dentro do próprio estabelecimento comercial na Zona Sul de São Paulo. Por volta de 22h de sexta-feira (2), armado com uma faca, um homem invadiu o bar e dominou o comerciante. A PM não soube informar o motivo da invasão.
O crime ocorreu na rua Raimunda Franklin de Melo, no bairro Parque Santo Antônio. Segundo a PM, o Gate, especializado em negociações nos casos de sequestro, foi acionado e iniciou a rendição do rapaz, que estaria transtornado após a ingestão de remédios para emagrecer e de bebida alcoólica. O drama do comerciante só chegou ao fim por volta de 4h deste sábado, quando os policiais conseguiram dominar o agressor. Bastante tensa, a vítima foi encaminhada para atendimento médico no pronto-socorro de Campo Limpo, também na Zona Sul. Segundo a PM, ele não ficou ferido.

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

“Salve geral”: filme do Brasil no Oscar é homenagem aos tucanos de São Paulo


O filme que vai representar o Brasil no Oscar vai ser sobre a ocupação de São Paulo pelo PCC.

(O PCC controla as cadeias de São Paulo. Dessa vez, em maio de 2006, o PCC controlou a cidade propriamente dita.)

Se ganhar o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro, quem deveria receber a estatueta seria Gilberto Alckmin (não confundir com Geraldo NunKassab), o governador tucano que anunciou o fim do PCC.

Para encerrar de vez a discussão sobre a falência política tucana, no maior Estado “por enquanto…” brasileiro – São Paulo -, vem aí outra bofetada nos paulistas e um alerta ao resto dos brasileiros.

O filme indicado pelo Brasil para concorrer ao Oscar 2010 é “Salve Geral – O Filme”, que mostra as mazelas de 16 anos de administração tucana, sendo que nestes 2 últimos anos se distancia da sociedade carente “periférica”.

E eu pertenço a ela. Essa administração entrega de vez os jovens ao narcotráfico.

A parceria e Estado e PCC

Na verdade, o sistema prisional paulista tem sido uma grande dor de cabeça para os sucessivos governos do PSDB no Estado. Ou seja, se analisarmos com cuidado, o percurso das políticas sociais implantadas na gestão do sistema prisional paulistas verá que não houve nenhum avanço até os dias de hoje, sobretudo em São Paulo.

O PCC é o Logístico empresarial do crime somado ao abandono do Estado. Ou seja, parte do sucesso tático e logístico do PCC ocorre porque o Estado perdeu o controle e a dinâmica prisional, em fazer valer princípios fundamentais de respeito à integridade física dos indivíduos presos, permitindo que grupos criminosos imponham uma ordem interna sobre a massa de presos Na verdade o PCC arrecada mais de R$ 100 mil com extorsão dentro e fora dos Presídios.

O Partido faz da população carcerária, pobre e miserável reféns com aval do Estado, cuja política Penitenciária é feita a base de acordos com os chamados “Pilotos” que comandam as prisões do Estado. Na verdade, o estado não tem mais o controle efetivo da maioria das prisões sob sua responsabilidade, conseguindo assegurar a paz interna somente pela delegação do dia-a-dia prisional às lideranças desses grupos criminosos. O acordo entre Diretoria e facção criminosa é uma forma social, legalmente aceita dentro das instituições do estado.

Não é segredo para ninguém, principalmente para quem trabalha no sistema prisional paulista que a próprio Sap junto com a Diretoria de alguns Presídios estimulam liderança dentro da própria unidade. Ou seja, estimula os chamados “pilotos” como também funcionário corrupto, pois estes possuem capacidade de liderança e negociação. O que se observa, é uma aproximação obtida mediante conhecimento aproximação de Muitos desses líderes de facção junto com alguns diretores e funcionários já se conheciam “de outras caminhadas” no passado

Contudo, vigora nas cadeias um pacto tácito de não-agressão entre a secretaria da administração penitenciária e o pcc para evitar que haja rebeliões nas unidades. Há também acordos secretos entre líderes da facção e os chamados funcionários “batizados” onde há troca de favores.

Apesar de toda crítica que se faz, já há algum tempo, o sistema prisional Paulista, é um dos que mais cresce no Brasil. Ou seja, o sistema só tem se expandido sem qualquer limite ou critério, sobretudo no Oeste Paulista onde se concentra grandes partes das Penitenciarias.

Assaltante atrapalhado apanha de vítima


Após tentativa de assalto com arma de brinquedo, acusado é agredido por vítimas e preso pela PM na Vila Galvão
Acusado foi levado para a carceragem do 1º DP, no Centro

Policiais militares da 2ª companhia do 15° Batalhão prenderam em flagrante na última quarta-feira, 30, por volta das 22h30, o ajudante Rodrigo de Souza Silva, 24 anos, acusado de tentativa de assalto a dois jovens na rua Dona Eugênia Machado da Silva, na Vila Galvão.

Durante patrulhamento ostensivo pela região, a PM recebeu a informação via Copom (Comando da Polícia Militar) de uma ocorrência de briga em via pública. Ao chegar no local, se depararam com as vítimas em luta corporal com o acusado. O fato curioso é que Silva tentou assaltar os jovens com uma arma de brinquedo e ao perceberem o "ato falho", os mesmos partiram para cima e tentaram evitar a ação.

Segundo a PM, Silva ainda teve que ser socorrido e levado ao Hospital Municipal de Urgências (HMU) para ser medicado.

Em depoimento à polícia, Raphael Araújo da Silva, 21 anos, disse que estava em seu carro, quando o acusado e mais quatro indivíduos chegaram perto do veículo e anunciaram o assalto. Silva estava com a arma em mão e disse para que todos os envolvido entrassem no carro da vítima com a intenção de sairem rapidamente do local. Em um momento de desespero, Silva bateu com a arma na lataria do veículo e então a vítima percebeu que o objeto não era verdadeiro. Após a percepção, Raphael partiu para cima do assaltante e desferiu golpes levando-o ao chão. Os outros integrantes ao verem que Silva apanhava, fugiram rapidamente. Raphael afirmou que parou o veículo somente para cumprimentar um amigo (que também participou da briga) e quando percebeu, o acusado já estava ao lado do carro para anunciar o assalto. "Só parei para cumprimentar meu amigo e no outro momento, o ‘cara' já estava anunciando o assalto. Quando percebi que a arma era de brinquedo, não pensei duas vezes em ir para cima dele", disse sorridente.

O acusado foi encaminhado para a carceragem do 1° Distrito Policial, no Centro. O caso foi registrado no 2° DP, Vila Galvão.

Órgão volta a livrar de punição policiais que mataram Jean Charles




Londres, 2 out (EFE).- Os policiais envolvidos na morte do brasileiro Jean Charles de Menezes, baleado em 2005 no metrô de Londres ao ser confundido com um terrorista, não serão punidos, reiterou hoje a Comissão Independente de Reclamações contra a Polícia (IPCC, na sigla em inglês).
A IPCC, que supervisiona o trabalho das Polícias do Reino Unido, revisou as provas coletadas durante a investigação pública do caso.

A nova análise foi feita a pedido dos parentes de Jean Charles, que pediu a aplicação de medidas disciplinares contra os agentes envolvidos na morte do brasileiro.

Segundo os advogados da família, as provas apresentadas no processo do ano passado deveriam fazer as autoridades reconsiderar sua posição e punir os responsáveis pela morte de Jean Charles, que tinha de 27 anos e era eletricista.

Mas um porta-voz da IPCC confirmou nesta sexta-feira que o órgão manteve a "decisão de não recomendar ações disciplinares contra os agentes implicados no tiroteio fatal de Jean Charles em julho de 2005".

Uma representante do movimento "Justiça para Jean", no entanto, afirmou que a resolução da IPCC "é uma paródia das conclusões da investigação (pública)".

"A decisão de hoje da IPCC dá sinal verde aos policiais para que atuem com impunidade", acrescentou a porta-voz da campanha, que pede justiça no caso do eletricista.
Quem foi Jean Charles de Menezes

Jean Charles de Menezes, de 27 anos, foi morto pela polícia britânica com sete tiros na cabeça, no interior do metrô de Londres, em 22 de julho de 2005. Duas semanas antes, quatro homens-bomba promoveram atentados suicidas que provocaram a morte de 52 pessoas em três estações de metrô e um ônibus na capital britânica. Um dia antes da morte de Jean Charles houve uma tentativa fracassada de novos atentados na cidade de Londres. A polícia, que mais tarde pediu desculpas pelo erro, alegou ter confundido Jean Charles com um dos suspeitos dos atentados fracassados do dia anterior à morte do brasileiro.

Interessante observação do reporte Luiz Carlos Azenha sobre a postura de jornalista e que tiveram acesso aos dados que comprovavam o vazamento das provas do ENEM.

Abaixo o posto do blog do Azenha


Opinião

Repórter não pode proteger quem tenta lucrar com o crime


por Luiz Carlos Azenha

Nos próximos dias saberemos qual a postura das empresas jornalísticas que tiveram acesso aos dados que comprovavam o vazamento das provas do ENEM.

Sabemos, por exemplo, que o jornal O Estado de S. Paulo notificou o Ministério da Educação, dando ciência de que tinha dados comprovando o crime. O portal R7, da Record, para a qual trabalho, divulgou o áudio da conversa do repórter com um dos homens que ofereciam o material por 500 mil reais. É importante que os repórteres que tiveram contato com os "vazadores" não caiam na besteira de alegar sigilo de fonte quando forem chamados a depor pela Polícia Federal. Vai ser mole chegar à origem do vazamento, desde que os repórteres colaborem com a polícia.

E não há nenhum motivo para que não o façam. Trata-se de um crime. E auferir lucro com o resultado de um crime é, igualmente, criminoso. O maior incentivo para o mercado paralelo de dossiês e para a arapongagem ilegal no Brasil é justamente essa expectativa de que se pode ganhar dinheiro com o produto dela.

Aqui você pode ouvir a conversa entre o repórter do R7 e um dos vendedores do material à mídia, que se diz funcionário público.

http://noticias.r7.com/noticias.html

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Líderes do PCC começam a ser julgados hoje em SP



Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, e Júlio Cesar Guedes de Moraes, o Julinho Carambola, começam a ser julgados nesta quinta-feira pela morte do juiz Antônio José Machado Dias.

Os dois réus, líderes do PCC (Primeiro Comando da Capital), seriam os mandantes dos quatro homens que executaram o crime às 18h do dia 14 de março de 2003. O magistrado levou tiros na cabeça, no braço e no peito quando deixava o Fórum de Presidente Prudente, na região oeste do Estado de São Paulo. Ali Machado trabalhava havia dez anos como responsável pelo execução criminal e era corregedor dos presídios da região, onde esteve presa parte da cúpula do PCC.

O promotor Carlos Roberto Marangoni Talarico vai sustentar diante dos jurados que Marcola e Carambola ordenaram o assassinato do juiz por motivo torpe e não lhe deram chance de defesa.

Provas

Além de um bilhete apreendido por agentes prisionais no qual um preso informava Marcola sobre a morte do juiz, o Ministério Público Estadual dispõe dos depoimentos de três ex-integrantes da facção que ocuparam posições de comando.

"O Júlio é uma vítima da vaidade de muitos e da falta de escrúpulo de alguns. Estou absolutamente convicto de que ele é inocente", afirmou o advogado Cláudio Márcio de Oliveira. Ele disse que seu cliente foi absolvido da acusação de fazer parte do PCC - de fato, não só ele, como também Marcola, foi absolvido dessa acusação em 2006, antes dos ataques de maio feitos pela facção no Estado. Por fim, Oliveira alegará que, em processo no qual os filhos do juiz pediam indenização ao Estado, este teria se defendido negando que o PCC cometera o crime - o Estado foi condenado a pagar 2 mil salários mínimos de indenização aos filhos do juiz.

Depois de ouvir testemunhas, verificar as provas de ambas e assistir aos debates, os jurados vão responder a cinco questões. Na primeira e na segunda decidirão se houve crime. A pergunta decisiva será a terceira, quando os sete jurados vão responder se absolvem ou não os réus. Caso decidam condená-los, eles vão decidir se há circunstâncias que tornam o crime mais grave (motivo torpe e se houve emboscada).

Ausência

Marcola não vai comparecer ao julgamento. Ele pediu a dispensa, o MPE concordou e o juiz Alberto Anderson Filho, presidente do 1º Tribunal do Júri, decidiu que o júri se poderá realizar sem sua presença. Seu advogado, Roberto Parentoni, pediu ainda adiamento do julgamento, o que foi indeferido. Nada impede, no entanto, que só um dos réus seja julgado hoje. Isso pode ocorrer, por exemplo, se houver discordância dos advogados em relação aos jurados escolhidos - se um deles aceitar e outro recusar o mesmo jurado, o júri deles será separado. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Bandidos usam bexigas para levar drogas a detentos em SP



Na região de Bauru, no interior de São Paulo, alguns criminosos usavam bexigas com água, para levar drogas para dentro de um presídio.

Presa em SP quadrilha de roubo a bancos e residências



Os bandidos já tinham roubado até o caixa eletrônico do prédio do Ministério Público Federal.